A ARTE DE ESCREVER E A SUBLIMAÇÃO

A ARTE DE ESCREVER E A SUBLIMAÇÃO

JOSÉ RENATO CARNEVALE DA CUNHA (RJ/2023)

RESUMO

Este artigo tem como objetivo discorrer sucintamente sobre a incidência da sublimação na criação artística, mais detidamente sobre a relação entre arte de escrever e a sublimação. Tal análise se dará notadamente sobre uma perspectiva freudiana do conceito, com uma breve referência ao seminário 7 de Lacan. A referida vicissitude pulsional será tratada aqui como interessante saída e relevante contorno para o dilema humano.

TEXTO DO ARTIGO

A sublimação é tratada por Freud como um importante destino da pulsão. Todavia, há hipótese lançada de que teria sido escrito um texto específico sobre a sublimação para incluir junto aos textos de metapsicologia, como “a pulsão e seus destinos” de 1915, mas tal manuscrito teria sido perdido1

Marco Antônio Coutinho Jorge, em sua obra acerca dos fundamentos da psicanálise, discorre em linhas introdutórias sobre o tema que:

O termo Sublimierung foi introduzido por Freud no vocabulário psicanalítico designando “um processo que explica as atividades humanas sem qualquer relação aparente com a sexualidade, mas que encontrariam o seu elemento propulsor na força da pulsão sexual”. Uma pulsão acha-se sublimada precisamente quando visa um novo alvo não-sexual ou objetos socialmente valorizados. Assim, para Freud, as atividades sublimatórias são constituídas eminentemente pela atividade artística, pela investigação intelectual e pelos esportes.2

A ideia proposta é de algo na ordem do sublime, que se eleva, que transpõe. Pode-se pensar na sua incidência, como acima exposto, na produção artística, cultural, intelectual e nos esportes. Aqui, será tratada da artística, mais detidamente, sobre a arte de escrever. 

Freud em “O Poeta e o fantasiar” de 1908, diz que o poeta gosta de reduzir a distância entre o que lhe é singular e a essência humana em geral. Buscando os indícios da primeira atividade poética na infância conjectura que toda a criança brincando se comporta como um poeta, “na medida em que ela cria seu próprio mundo, melhor dizendo, transpõe as coisas do seu mundo para uma nova ordem, que lhe agrada[…]mobilizando para isso grande quantidade de afeto”3.

Schopenhauer, em obra que se refere justamente à arte de escrever, enaltece o pensamento próprio, eis que “os eruditos são aqueles que leram coisas nos livros, mas os pensadores, os gênios, os fachos de luz e promotores da espécie humana são aqueles que as leram diretamente no livro do mundo”4.

Prossegue com a ideia de que a verdade meramente apreendida fica colada em nós como um membro artificial, mas que “a verdade conquistada por meio do próprio pensamento é como o membro natural, pois só ela pertence realmente a nós”5.

Vislumbrando-se ponto de contato com o que se pretende discorrer nesse pequeno artigo, Schopenhauer anota que diferentemente dos que pensam a partir do que os outros disseram, “aqueles que são estimulados pelas próprias coisas têm seu pensamento voltado para elas de modo direto. Apenas entre eles encontram-se os que permanecerão e serão imortalizados”6.

As colocações do filósofo alemão se encaixam na ideia de uma criação genuinamente subjetiva, tal como será demonstrado em relação à sublimação.

A primeira menção ao termo sublimação ocorre nas cartas a Fliess de 1897, mais precisamente no rascunho L.7

Em três ensaios sobre a teoria da sexualidade, cuja primeira publicação data de 1905, discorrendo sobre o período de latência sexual, que varia aproximadamente da faixa dos 5 anos até o início da puberdade, Freud coloca como entraves  no caminho da corrente pulsional os ideais estéticos e morais, além da vergonha e do nojo. Pondera que as construções tão significativas para a cultura e a normalidade dos indivíduos são operadas à custa dos impulsos sexuais infantis que não cessaram nesse período de latência, mas cuja energia é desviada integralmente ou em grande parte do emprego sexual para outros fins.8

Foi na versão inicial desse livro que Freud recorreu pela primeira vez à palavra Pulsão. Em um trecho acrescentado em 1910, ele forneceu uma definição geral que, em sua essência, não sofreria nenhuma modificação: 

Por pulsão, antes de mais nada, não podemos designar outra coisa senão a representação psíquica de uma fonte endossomática de estimulações que
fluem continuamente, em contraste com a estimulação produzida por excitações esporádicas e externas. A pulsão, portanto, é um
dos conceitos da demarcação entre o psíquico e
o somático.”9

Em moral sexual “cultural” e doença nervosa moderna (1908), Freud faz o uso do termo sublimação diversas vezes. Nesse texto, a traz claramente como uma dessexualização. Anota que se chama sublimação essa capacidade de trocar uma meta originariamente sexual por outra, não mais sexual. Coloca-se uma quantidade grande de força à disposição do trabalho da cultura.10 Nesse sentido,”se a sublimação se refere à inscrição do pulsional no registro da cultura, isso se faria pela via da dessexualização.” 11

Até então, pouco se podia diferenciar a sublimação do recalque, eis que ambos passariam pela operação da dessexualização.12

Foi somente em 1910, com “Uma lembrança da infância de Leonardo da Vinci” que Freud cunha um sentido de que a sublimação vai além.13 Nesse ponto, esclarece Marco Antônio Coutinho Jorge, que a sublimação é um desvio do sexual para o não sexual e também da perversão para o social. Partindo dos termos que Freud emprega para se referir à sublimação e ao recalque, Coutinho explicita que, ao passo que o afastar-se no recalque significa mantê-lo no próprio horizonte como referência, o termo desviar-se tem o sentido de ir mais além: 

O termo desvio surge freqüentemente em Freud para falar da sublimação, e isto em idêntica proporção com que o termo afastar aparece para falar do recalque: “A essência do recalque consiste simplesmente em afastar determinada coisa da consciência, mantendo-a à distância”. O afastar está para o recalque assim como o desvio está para a sublimação: afastar-se de algo implica mantê-lo no próprio horizonte como referência, ao passo que desviar-se implica ir mais além…14

Em suas recomendações aos médicos que exercem a psicanálise de 1912, Freud exorta que os médicos tenham cuidado em tomar como diretriz seus próprios desejos, relegando as próprias aptidões do paciente, aduzindo que “Nem todos os neuróticos têm muito talento para a sublimação; podemos supor para muitos deles que não teriam adoecido se fossem dotados da arte de sublimar suas pulsões.”15

É de bom alvitre trazer à baila que para Freud

há algo na própria natureza da pulsão que parece fadá-la à insatisfação: havendo sempre uma diferença ineliminável entre a satisfação
almejada e aquela obtida. A pulsão “pressiona sempre para a frente, indomada”, no sentido de atingir a satisfação completa, que jamais é conseguida, e nenhuma formação reativa ou substitutiva, ou sequer mesmo uma sublimação, remove por completo a tensão persistente da pulsão, sua força constante. Lacan deu grande ênfase a essa indicação freudiana afirmando que na satisfação da pulsão entra em jogo a categoria do impossível e que é precisamente nesse impossível, o real em jogo na pulsão, que reside sua característica mais primordial.16

Em seus ensaios de metapsicologia, no texto sobre o recalque, Freud observa que

 o paciente pode continuar tecendo uma tal cadeia de associações, até que no seu curso depara com uma formação de pensamento na
qual a relação com o reprimido age com tamanha intensidade, que ele tem de
repetir sua tentativa de repressão. É preciso que também os sintomas neuróticos tenham satisfeito a condição acima, pois eles são derivados do reprimido, que por meio dessas formações obteve enfim o acesso à consciência que lhe era negado.17

Vivian Reis discorrendo sobre a relação entre sublimação e narcisismo, fazendo alusão ao texto de Freud “Introdução ao narcisismo” de 1914, assinala que o narcisismo está para o objeto (há uma idealização do objeto), ao passo que a sublimação está para a pulsão (o objeto pode ser trocado). Sendo assim, por ser a libido quantitativa, se grande parte dessa está fixada na idealização de um objeto, pouco sobra para sublimação. Tal ideia é relevante pensando em eventual desfixação dessa libido para disponibilização para o sujeito, inclusive pela via da sublimação.18

Em “O eu e o id” de 1923, Freud expõe sobre a transformação da libido objetal em libido narcísica, que acarreta em um abandono das metas sexuais, uma dessexualização, uma espécie de sublimação, segundo o autor. Assim, Levanta a hipótese de que a sublimação ocorra por intermediação do EU, “que primeiro converte a libido objetal sexual em libido narcísica, para depois dar-lhe quiçá outra meta.”19

Mais adiante, relembrando a história da gênese do super-eu, discorre que quando o eu não consegue dominar o complexo de édipo, o investimento de energia oriundo do id, volta a operar na formação reativa do ideal do eu. Prossegue:

A luta que já se deu nas camadas mais profundas, e que não chegou ao fim
mediante rápida sublimação e identificação, prossegue
numa região mais elevada, como na pintura de Kaulbach sobre a Batalha dos Hunos.20

Depreende-se, notadamente da citação imediatamente acima, que Freud considera a sublimação como uma possível saída do tensionamento entre as forças do psiquismo. Retomando ainda o que já foi exposto em relação aos ensaios de metapsicologia,  pode-se dizer que aquilo que se tornaria um sintoma neurótico, através da sublimação, se torna um objeto científico ou estético.

Em seu mal-estar na Cultura de 1930, Freud discorrendo sobre as formas pelas quais o sofrimento assola a humanidade, chega a dizer que a felicidade não está no plano da criação. Cita então a sublimação como mecanismo de deslocamento das metas pulsionais de modo que não sejam atingidas pelos impedimentos do mundo exterior:

A sublimação das pulsões presta aqui a sua ajuda. Estaremos obtendo o máximo se soubermos elevar suficientemente o ganho de prazer que provém das fontes de trabalho psíquico e intelectual. Nesse caso, o destino pouco nos fará mal. As satisfações dessa espécie, tal como a alegria do artista com a criação, com a encarnação da figura de sua fantasia, a do pesquisador com a solução de problemas e com o reconhecimento da verdade, possuem uma qualidade particular, que certamente um dia poderemos caracterizar metapsicologicamente.”21

Por fim, Freud, em “psicanálise e teoria da libido” de 1923, anota que o mais importante destino de uma pulsão parece ser a sublimação, na qual objeto e meta são mudados, de forma que a pulsão originalmente sexual “passa a encontrar satisfação numa realização não mais sexual, vista como de maior valor social ou
ético”22.O criador da psicanálise coloca esse reconhecimento social como um requisito ou condicionante da criação sublimatória, embora tal aspecto do conceito também tenha considerável grau de porosidade.

Nesse sentido, Marcio Garrit e Vivian Reis trabalham essa questão do reconhecimento social e impacto da arte, a qual toca as pessoas e produz saídas pulsionais balizadoras de um eventual adoecimento psíquico.  Desse modo, entre outros motivos, articulam a sublimação como possível contorno para o mal-estar contemporâneo. Segundo os autores,

Com a arte, que é uma das atividades sublimatórias, o homem pode manifestar sentimentos, angústias, tristezas, ódio e sexualidade. Faz-se uma ferramenta frente ao mal-estar, inclusive, contemporâneo. A arte tem uma função social, de resgatar histórias e mudar vidas. O conceito de arte refere-se ao belo, que remete beleza. Desde a caverna, produz-se arte. A mãe numa caverna, um animal desenhado numa parede, uma dança em volta da fogueira. A obra de arte traz um arranjo para a humanidade. Narram-se histórias, vive e revive-se fatos, retificam-se tensões, possibilitando assim, o balizamento de um adoecimento psíquico.23

Mais adiante, apontam que através da sublimação, encontra-se uma liberdade, um encontro com a singularidade, cria-se uma saída “feliz” para a energia pulsional. 24

Lacan no seminário 7, vai definir a sublimação como elevação do objeto à dignidade da coisa.25

Para Lacan, essa Coisa (das Ding), sendo o incompreensível, o impossível de dizer, de se reencontrar, é a propriedade da Coisa que permite qualquer encontro.26

Assim, longe de ser uma panacéia apta a remediar todos os males, e embora haja limites para a sublimação, na criação literária27 e em outros aspectos, essa vicissitude pulsional se revela uma interessante saída e um relevante contorno para o dilema humano.

Referência Bibliográfica

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  1. Eliana Rodrigues Pereira Mendes cita a obra de Ernest Jones, o qual em seu estudo biográfico de Freud, fala de um longo artigo sobre o tema, que teria sido escrito para constar de sua Metapsicologia, em 1915, e que teria se perdido junto com outros ensaios metapsicológicos. Ver texto completo da autora em: MENDES, Eliana Rodrigues Pereira.PS – Pulsão e Sublimação: a trajetória do conceito, possibilidades e limites. Reverso [online]. 2011, vol.33, n.62, pp. 55-67. ISSN 0102-7395.
    ↩︎
  2. JORGE, Marco Antonio Coutinho. Fundamentos da psicanálise de Freud a Lacan / Marco Antonio Coutinho Jorge. – 5.ed. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008. p. 150.
    ↩︎
  3. FREUD, Sigmund. O poeta e o fantasiar. In: Arte, literatura e os artistas. Tradução de Ernani Chaves, 1. ed.; 4. reimp. – Belo Horizonte: Autêntica, 2021. (Obras incompletas de Sigmund Freud; 3), p. 53-54. 
    ↩︎
  4. SCHOPENHAUER, Arthur. A arte de escrever. Tradução, organização, prefácio e notas de Pedro Süssekind.-Porto Alegre: L&PM, 2011. p.  41
    ↩︎
  5. SCHOPENHAUER, Arthur. Op. cit. p . 43 ↩︎
  6. SCHOPENHAUER, Arthur. Op. cit. p . 58.
    ↩︎
  7. MASSON, Jeffrey Moussaieff.  A correspondência completa de Sigmund Freud para Wilhelm Fliess — 1887-1904 / Jeffrey Moussaieff Masson; tradução de Vera Ribeiro. — Rio de Janeiro: Imago, 1986. p. 242. ↩︎
  8. FREUD , Sigmund, I8S6-I939· Obras completas, volume 6 : três ensaios sobre a teoria da sexualidade, análise fragmentária de uma histeria (“O caso Dora”) e outros
    textos (I90I-190S) I Sigmund Freud; tradução Paulo César de Souza.
    -11 ed.- São Paulo: Companhia das Letras, 2016. p. 78/81.
    ↩︎
  9. ROUDINESCO,Elisabeth.Dicionário de psicanálise/Elisabeth Roudinesco, Michel Plon; tradução Vera Ribeiro, Lucy Magalhães; supervisão da edição brasileira – Marco Antonio Coutinho Jorge. — Rio de Janeiro: Zahar, 1998. p. 629.
    ↩︎
  10. FREUD, Sigmund. A moral sexual “cultural”e a doença nervosa moderna. In: Cultura, Sociedade, Religião/O mal-estar na cultura e outros escritos. Tradução de Maria Rita Salomão Moraes, 1. ed.; 2. reimp. – Belo Horizonte: Autêntica, 2021. (Obras incompletas de Sigmund Freud; 3), p. 73.
    ↩︎
  11.  MENDES, Eliana Rodrigues Pereira.PS – Pulsão e Sublimação: a trajetória do conceito, possibilidades e limites. Reverso [online]. 2011, vol.33, n.62, pp. 55-67. ISSN 0102-7395. Surge então o primeiro impasse para fundamentar esse conceito, pois fica difícil estabelecer a diferença entre recalque e sublimação, já que ambos passam pela operação de dessexualização.
    ↩︎
  12. MENDES, Eliana Rodrigues Pereira.”Op. cit. p. 59. ” Surge então o primeiro impasse para fundamentar esse conceito, pois fica difícil estabelecer a diferença entre recalque e sublimação, já que ambos passam pela operação de dessexualização.”
    ↩︎
  13. FREUD, Sigmund. Uma lembrança de infância de Leonardo da Vinci. In: Arte, literatura e os artistas. Tradução de Ernani Chaves, 1. ed.; 4. reimp. – Belo Horizonte: Autêntica, 2021. (Obras incompletas de Sigmund Freud; 3), p. 89-93 e 156-160.
    ↩︎
  14. JORGE, Marco Antonio Coutinho. Fundamentos da psicanálise de Freud a Lacan / Marco Antonio Coutinho Jorge. – 5.ed. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008. p. 155.
    ↩︎
  15. FREUD, Sigmund. Recomendações ao médico para o tratamento psicanalítico (1912). In: Fundamentos da clínica psicanalítica / Sigmund Freud ; tradução de Claudia Dornbusch. — 1. ed. — Belo Horizonte : Autêntica Editora, 2017. — (Obras incompletas de Sigmund Freud ; 6)  p. 101. 
    ↩︎
  16. JORGE, Marco Antonio Coutinho. Op. cit. p. 55.
    ↩︎
  17. FREUD, Sigmund. Introdução ao narcisismo : ensaios de metapsicologia e outros textos (1914-1916) / Sigmund Freud ; tradução e notas Paulo César de Souza — São Paulo : Companhia das Letras, 2010. p. 65. Retoma a mesma ideia adiante: “Sabemos igualmente que a repressão deixa sintomas. Podemos então supor que a formação substitutiva e a formação de sintomas coincidem, e, se assim for no conjunto, o mecanismo da formação de sintomas equivale ao da repressão? Atualmente a probabilidade maior é de que os dois divirjam bastante, de que não seja a repressão mesma que produz formações substitutivas e sintomas, mas que estes surjam como indícios de um retorno do reprimido, em virtude de processos inteiramente outros.” Ibid. p. 69.
    ↩︎
  18.  Palestra da professora Vivian Reis intitulada “Sublimação: Da vicissitude pulsional ao percurso poético do conceito. In: 1º Simpósio de Psicanálise e Cultura de Duque de Caxias/RJ, 2023. IBRAPCHS . Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=lBAes37aPBY>. Acesso em 20 nov. 2023. Aproveito o ensejo para agradecer à professora Vivian Reis pela valiosa orientação na estrutura e nos rumos desse opúsculo, tanto em sala de aula quanto em suas publicações sobre o tema. 
    ↩︎
  19. Freud,Sigmund. Obras completas, volume 16 : O eu e o id, “autobiografia” e outros
    textos (1923-1925) / Sigmund Freud ; tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 37.
    ↩︎
  20. FREUD, Sigmund. Obras completas, volume 16 : O eu e o id. Op.cit. p. 49.
    ↩︎
  21.  FREUD, Sigmund. O mal-estar na cultura. Cultura, Sociedade, Religião/O mal-estar na cultura e outros escritos. Tradução de Maria Rita Salomão Moraes, 2020, p. 320-325.
    ↩︎
  22. FREUD, Sigmund. Obras completas, volume 15 – Psicologia das massas e análise do Eu e outros textos (1920-1923). Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p.272. ↩︎
  23. GARRIT, Marcio; REIS, Vivian. Sublimação: Um possível contorno para o mal-estar contemporâneo. Saber Acadêmico – Revista Multidisciplinar da Faculdade de Presidente Prudente. p. 113-114, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.5281/zenodo.7945334. Acesso em: 17 nov. 2023.
    ↩︎
  24. GARRIT, Marcio; REIS, Vivian. Ibid. p . 114.
    ↩︎
  25. LACAN, Jacques. Seminário, livro 7: a ética da psicanálise, 1959-1960/ Jacques Lacan; texto estabelecido por Jacques-Alain Miller; [versão brasileira Antônio Quinet]. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Ed., 2008. p. 137-138: “E a fórmula mais geral que lhes dou da sublimação é esta – ela eleva um objeto – e aqui não fugirei às ressonâncias de trocadilho que pode haver no emprego do termo que vou introduzir – à dignidade da Coisa.” 
    ↩︎
  26. MARTINS, A, 2021 apud  GARRIT, Marcio; REIS, Vivian. Op. cit. p. 116. 
    ↩︎
  27. Para verificar com mais profundidade tais limites, conferir o artigo de Ana Cecília Carvalho: Limites da sublimação na criação literária”. Estud. psicanal.,  Belo Horizonte ,  n. 29, p. 15-24, set.  2006 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372006000100004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  20  nov.  2023. 
    ↩︎

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